segunda-feira, 23 de maio de 2011

Citocinas e Dor.

Revista Brasileira de Anestesiologia

versão ISSN 0034-7094

Resumo

OLIVEIRA, Caio Marcio Barros de et al. Citocinas e dor. Rev. Bras. Anestesiol. [online]. 2011, vol.61, n.2, pp. 260-265. ISSN 0034-7094. doi: 10.1590/S0034-70942011000200014.

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: As citocinas são substâncias necessárias para a resposta inflamatória, favorecendo a cicatrização apropriada da ferida. No entanto, a produção exagerada de citocinas pró-inflamatórias a partir da lesão pode manifestar-se sistemicamente com instabilidade hemodinâmica ou distúrbios metabólicos. O objetivo desta revisão foi descrever os efeitos das citocinas na dor. CONTEÚDO: Este artigo faz uma revisão dos efeitos das citocinas na dor. Em doenças que cursam com processo inflamatório agudo ou crônico, as citocinas podem ser reconhecidas por neurônios e utilizadas para desencadear diversas reações celulares que influenciam na atividade, proliferação e sobrevida da célula imunológica, bem como na produção e atividade de outras citocinas. As citocinas podem ser pró-inflamatórias e anti-inflamatórias. As pró-inflamatórias estão relacionadas com a fisiopatologia das síndromes dolorosas. Foram descritas as células que secretam as citocinas, as citocinas pró-inflamatórias (IL-1, IL-2, IL-6, IL-7 e FNT) e anti-inflamatórias (IL-4, IL-10, IL-13 e FTCβ), as funções de cada citocina e como ocorre a ação dessas substâncias no processamento da dor. CONCLUSÕES: As citocinas desempenham importante papel na dor, agindo através de diferentes mecanismos em vários locais das vias de transmissão da dor.

Palavras-chave : DOR [Nociceptores]; Citocinas.

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Epilepsia e Anestesia.

Revista Brasileira de Anestesiologia

versão ISSN 0034-7094

Resumo

MARANHAO, Marcius Vinícius Mulatinho; GOMES, Eni Araújo e CARVALHO, Priscila Evaristo de. Epilepsia e anestesia. Rev. Bras. Anestesiol. [online]. 2011, vol.61, n.2, pp. 242-254. ISSN 0034-7094. doi: 10.1590/S0034-70942011000200013.

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A epilepsia é uma doença neurológica crônica das mais frequentes. Embora a anestesia para portadores de epilepsia seja mais frequente em neurocirurgia, esse grupo de pacientes necessita, da mesma maneira que a população geral, de anestesia para dife rentes procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Este artigo visou abordar os aspectos de maior interesse para o anestesiologista na conduta perioperatória do paciente epiléptico submetido à anestesia para procedimentos não neurocirúrgicos. CONTEÚDO: Abordam-se aspectos relevantes de fisiopatologia, classificação e diagnóstico da epilepsia; terapêutica anticonvulsivante e interações com drogas anestésicas; tratamento cirúrgico e dieta cetogênica; efeitos pró- e anticonvulsivante das drogas utilizadas em anestesia; avaliação pré-operatória, conduta intra- e pós-operatória no paciente epiléptico, bem como o diagnóstico e a terapêutica das convulsões perioperatórias. CONCLUSÕES: No manuseio perioperatório do paciente epiléptico é importante para o anestesiologista identificar o tipo de epilepsia; a frequência, a gravidade e os fatores desencadeantes das crises epileptogênicas; o uso de drogas anticonvulsivantes e as eventuais interações com as drogas utilizadas em anestesia; a presença de dieta cetogênica e de estimulador do nervo vago e suas implicações na técnica anestésica. É essencial o conhecimento das propriedades pró- e anticonvulsivantes dos fármacos utilizados na anestesia, minimizando o risco de atividade convulsiva no intra- e no pós-operatório. Por fim, é importante traçar o diagnóstico e realizar o tratamento das crises convulsivas perioperatórias, o que possibilita menor morbimortalidade.

Palavras-chave : DOENÇAS, Neurológicas [epilepsia].

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Homem com paralisia consegue ficar de pé e dar alguns passos após receber estímulos elétricos

Fonte: Jornal O Globo (20/05/11)

NOVA YORK, EUA - Um homem paralisado depois de um acidente de carro foi capaz de ficar de pé e dar alguns passos depois de receber estímulos elétricos em sua medula espinhal, no que os pesquisadores descreveram como um avanço no tratamento de ferimentos devastadores.
Rob Summers, de 25 anos, que jogava baseball na faculdade, também pode mover seus quadris, joelhos, tornozelos e dedos dos pés, e reconquistou algumas funcionalidades da bexiga e sexuais, afirmaram os médicos na última quinta-feira.
- Isso abre uma enorme oportunidade para melhor as funcionalidades diárias desses indivíduos. Mas temos um longo caminho pela frente - disse Susan Harkema, que liderou o estudo na Universidade de Louisville, em Kentucky, nos Estados Unidos. Os resultados foram publicados na revista médica "The Lancet".
- Não é uma cura, e Rob não está andando. Mas esta abordagem pode ter impacto em formas elementares - disse ela. - Permitir que as pessoas fiquem de pé por alguns minutos do dia pode mudar consideravelmente suas condições de saúde.
O paciente recebeu estímulos elétricos diretos contínuos na medula espinhal inferior, um processo elaborado para imitar os sinais do cérebro normalmente transmitidos para iniciar o movimento.
Os pesquisadores passaram mais de dois anos treinando as redes neurais da medula espinhal de Summers para produzir movimentos musculares. Depois disso, o dispositivo de estímulo elétrico foi implantando em suas costas por meio de cirurgia.
Os autores alertam que mais estudos precisam ser feitos antes que a técnica se torne uma prática comum. Mas os resultados trazem otimismo para paraplégicos que já haviam perdido as esperanças de recuperação. Só nos Estados Unidos, mais de cinco milhões de pessoas vivem com alguma forma de paralisia.
Susan, a autora do trabalho, e seus colegas acreditam que a descoberta vai pavimentar o caminho para alguns pacientes de medula espinhal, com a ajuda de uma unidade de estimulação portátil, para ficar em pé e dar alguns passos usando um andador.
Geoffrey Raisman, professor de regeneração neural da Universidade College, em Londres, disse que o caso era interessante, mas chamou atenção para o fato de que "não se trata de uma recuperação, mas uma melhora da função do tecido sobrevivente":
- Do ponto de vista de pessoas que sofrem de lesão da medula espinhal, análises futuras do procedimento podem acrescentar mais uma abordagem para obter algum benefício.
O estudo foi financiado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e a Fundação Christopher e Dana Reeve, do ator que interpretava o Super Homem e ficou tetraplégico após cair de um cavalo. Reeve morreu em 2004. Sua esposa, também atriz, faleceu em 2006.
Summers era um estudante da Universidade Estadual de Oregon e foi vítima de uma acidente de carro em 2006, quando tinha 20 anos. Ele ficou paralisado abaixo do peito, mas reteve alguma sensação abaixo do nível da sua lesão, o que torna incerto se o tratamento funcionaria com pacientes mais graves que perderam todas a sensibilidade. Ele também era um atleta quando sofreu o acidente e provavelmente estava em melhores condições físicas que outras vítimas.
Summers passou mais de três anos em Kentucky se preparando para a cirurgia. Agora ele é capaz de ficar de pé, mantendo o impulso muscular sozinho, e permanece de pé enquanto segura o peso por quatro minutos. Com ajuda de arreios e assistência de um terapeuta, ele consegue repetir os movimentos de pisar numa esteira.
Vivendo agora em Los Angeles, Summers disse que o procedimento mudou sua vida.
- Para alguém que por quatro anos foi incapaz de sequer mover um dedo, ter a liberdade e a habilidade de ficar de pé sozinho é a sensação mais maravilhosa. Meu físico e tônus muscular melhoraram muito, tanto que a maioria das pessoas sequer acredita que estou paralisado.

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quinta-feira, 19 de maio de 2011

A R$ 14 mil, novo medicamento contra tumor de próstata começa a ser vendida.

Fonte: g1.globo.com (18/05/11)

Começa a ser vendida no Brasil a partir desta terça-feira (17) uma nova droga para combater o câncer de próstata, a principal forma de tumor maligno e a segunda que mais mata homens em todo o mundo. O cabazitaxel, novo tipo de quimioterapia, reduz em até 30% o risco de morte do paciente e prolonga a vida por, em média, 15 meses.
A droga é recomendada quando todas as outras formas de tratamento já falharam. Ainda fora do Sistema Único de Saúde (SUS), cada ciclo do medicamento custa R$ 14 mil.
Sintomas ‘silenciosos’
A próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga em homens. Quando atingido pelo câncer, o órgão aumenta de tamanho. Os sintomas são pouco perceptíveis, mas os pacientes costumam urinar mais vezes e com dor.
Três quartos dos casos ocorrem após os 65 anos, mas o monitoramento com o médico urologista deve começar a partir dos 40 anos. O diagnóstico é feito principalmente pelo exame de toque retal, no qual o médico pode sentir se a próstata está normal. Outra opção é o teste de PSA (sigla em inglês para antígeno prostático específico), um exame que aponta o nível de uma proteína no sangue e indica a presença de tumor.
Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) - órgão ligado ao Ministério da Saúde -, foram mais de 52 mil novos casos no Brasil em 2010. “Os dados do Ministério de Saúde são subestimados”, afirma Óren Smaletz, coordenador de pesquisa clínica em oncologia do Hospital Albert Einstein. No país, o tumor na próstata é o câncer que mais atinge os homens e o segundo que mais causa mortes.
Info Próstata Câncer 3 (Foto: Arte / G1)
Terapia hormonalAté 20% dos pacientes descobrem a doença tardiamente, quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo do paciente – fenômeno conhecido como metástase. Para esses casos, a primeira opção de tratamento indicada pelos médicos é a "hormonioterapia", técnica que consiste na redução dos níveis de testosterona no corpo do paciente. (veja infográfico acima)
As pesquisas com hormonioterapia para tratar câncer de próstata renderam o prêmio Nobel de Medicina ao médico Charles Brenton Huggins, em 1966. A técnica pode ser usada junto com a radioterapia e intervenções cirúrgicas.
Para reduzir a testosterona no corpo, o paciente pode tanto ter os testículos removidos como receber drogas para diminuir a produção do hormônio. A castração cirúrgica é mais usada para os casos de câncer de próstata avançados localmente – quando as metástases são locais, próximas à próstata.
“Quando há metástases no corpo inteiro faz pouco sentido fazer a cirurgia, já que o problema se tornou sistêmico”, explica Óren.
Apesar de ser útil para controlar a doença em 90% dos casos, a hormonioterapia só dura, em média, dois anos. “É igual o lutador no MMA [mixed martial arts, sinônimo de valetudo], uma hora a célula ‘aprende’ as técnicas e começa a resistir ao baixo nível de testosterona”, explica Fernando Maluf, chefe de oncologia clínica do Hospital Beneficência Portuguesa (São José). A saída é a quimioterapia.
Info Próstata Câncer 2 (Foto: Arte / G1)
Quimioterapia
Atualmente, a droga mais recomendada para o tratamento quimioterápico se chama docetaxel, a única opção que consegue atenuar os sintomas e prolongar por alguns meses a vida do paciente.
“Após o uso do remédio quimioterápico, bastam dias para que as dores ósseas causadas pelas metástases sumam“, diz Antônio Buzaid, ex-professor do MD Anderson Cancer Center, núcleo de estudos sobre a doença ligado à Universidade do Texas, nos Estados Unidos.
Um estudo clínico de fase 3 – o último estágio das pesquisas clínicas, necessário para a aprovação dos órgãos de vigilância sanitária quanto à comercialização – foi feito para o cabazitaxel, com 755 pacientes de 26 países, em 146 centros médicos. Todos estavam com câncer de próstata com metástase e já haviam passado por tratamento hormonal e por quimioterapia com docetaxel.
Os resultados mostraram a redução de 30% do risco de morte do paciente e o prolongamento da vida, em média, de 15 meses.

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Pesquisadores descobrem gene que controla a gordura do corpo.

Fonte: Folha.com (16/05/11)

Cientistas britânicos descobriram que um gene ligado ao diabetes e ao colesterol é capaz de controlar o metabolismo da gordura no corpo.
O estudo foi publicado na revista "Nature Genetics". Segundo os autores do trabalho, a descoberta pode ajudar na pesquisa de novos medicamentos para tratar doenças relacionadas com a obesidade.
Foram analisados mais de 20 mil genes em amostras de gordura de 800 voluntários. Os resultados foram confirmados em outras 600 amostras.
De acordo com os pesquisadores, o gene KLF14 funciona como um interruptor de outros genes do tecido adiposo, relacionados a uma série de características metabólicas, incluindo o índice de massa corporal, obesidade, colesterol, insulina e níveis de glicose.
"Esse é o primeiro grande estudo que mostra como pequenas alterações em um gene regulador podem causar outros efeitos metabólicos", disse Tim Spector, do King's College London, que liderou o estudo.

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Farmaco que ajusta relógio biológico é eficaz contra depressão.

Fonte: Folha.com (18/05/11)

Um remédio que imita a ação do hormônio do sono é eficaz contra depressão, diz revisão de estudos publicada hoje no periódico "Lancet".
A substância testada foi a agomelatina, que, por ser similar à melatonina ""hormônio que atua à noite"" ajuda a regular o relógio biológico.
Segundo os autores do estudo, pesquisadores das universidades de Sydney e Central Queensland, Austrália, existe uma relação direta entre depressão e desequilíbrio dos ritmos biológicos, marcados pelo horário e pela duração do sono e da vigília.
Uma mudança no relógio biológico pode resultar em alterações metabólicas.
Cerca de 80% das pessoas que têm depressão sofrem de alguma alteração no sono. O inverso também vale: insones têm maior chance de ter transtornos de humor.
"Até pouco tempo, pensava-se que os distúrbios do sono eram um sintoma da depressão. Hoje, sabemos que eles podem levar ao desenvolvimento da doença", afirma a psiquiatra Gisele Minhoto, professora da PUC-PR.
Ivan Luiz/Arte
ANTIDEPRESSIVO
A melatonina sozinha, vendida em cápsulas no exterior e pela internet, não é um antidepressivo. A agomelatina, além ser similar ao hormônio, age no neurotransmissor serotonina, como outros antidepressivos.
De acordo com os pesquisadores, que revisaram 105 trabalhos sobre o tema, a droga é tão eficaz quanto os antidepressivos tradicionais, com a vantagem de não ter os mesmos efeitos colaterais (não causa perda de libido ou irritações gastrointestinais).
A longo prazo, os pacientes têm a metade das recaídas em relação ao grupo-controle, dizem os autores do estudo, que declararam ser patrocinados pela Servier, fabricante do Valdoxan, droga à base de agomelatina.
O remédio é vendido no Brasil por, em média, R$ 200.
"É uma nova classe de medicamentos, eficaz e com ação mais localizada. Por isso, tem menos efeitos colaterais", diz José Alberto Del Porto, psiquiatra da Unifesp.
Ele afirma que receita a droga para pacientes depressivos com alterações no sono e para os que não toleram os efeitos colaterais dos outros antidepressivos.
O neurologista John Araujo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, diz que a droga pode causar tontura e boca seca. "É cedo para receitá-la em larga escala. É preciso fazer mais estudos."

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Anvisa deve exigir cosmético com embalagem em português, diz TRF.

Fonte: g1.globo.com (18/05/11)

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) decidiu nesta quarta-feira (18) que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deverá exigir que os fabricantes de cosméticos adotem o português em suas embalagens.
A decisão foi tomada depois de ação do Ministério Público Federal, motivada por reclamações de consumidores. Segundo o procurador da República Claudio Gheventer, responsável pela ação, a falta de conhecimento sobre o que vem na embalagem pode trazer riscos sérios à saúde do usuário.
Uma norma de 2005 da Anvisa obrigava as indústrias a adotar a Nomenclatura Internacional de Ingredientes de Cosméticos (INCI). A agência ainda não decidiu se vai recorrer da decisão. "Depois de recebermos as reclamações dos consumidores que não entendiam o que os produtos continham, enviamos uma recomendação à Anvisa para que pedisse a tradução, mas, com a negativa, entramos com uma ação", explica Gheventer.
Ciente da decisão, a Anvisa ainda não decidiu se vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Até a decisão da postura da Agência, a decisão deverá ser respeitada.
Ainda segundo Gheventer, uma norma da Anvisa não pode ir contra o Código de Defesa do Consumidor. "O código é bem claro quando determina que os produtos tenham suas embalagens em português, e o INCI não é suficiente para o consumidor. Uma mulher reclamou que não entendia o inglês, confundindo a língua usada para os ingredientes", exemplifica.
INCI
A Nomenclatura Internacional de Ingredientes de Cosméticos foi criada para padronizar os nomes de mais de 12 mil ingredientes no mundo todo. Os termos diferem tanto dos nomes químicos quanto dos usados em inglês.

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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Novo teste detecta câncer de próstata com mais precisão.

Fonte: Folha.com (13/05/11)

Um novo método para diagnosticar câncer de próstata promete ser mais preciso do que o teste usado hoje, o PSA (antígeno prostático específico, na sigla em inglês).
O PSA detecta a elevação de uma proteína produzida pela próstata. É um indicativo de câncer, mas é criticado por dar falsos-positivos.
Uma dosagem alta de PSA pode significar também infecção ou crescimento benigno exagerado da próstata.
O novo teste, chamado de 4PLA, foi desenvolvido pela Universidade Uppsala, na Suécia. O estudo com os resultados do exame foi publicado nesta semana no periódico "Proceedings of the National Academy of Sciences".
O exame detecta, no sangue, a quantidade de prostassomas, microvesículas produzidas na próstata.
Normalmente, essas estruturas são liberadas no sêmen para aumentar a mobilidade dos espermatozoides. Se há câncer, a produção das microvesículas aumenta, e elas caem na corrente sanguínea.
No estudo, o teste detectou níveis até sete vezes maiores dessas estruturas no sangue de 20 pacientes com câncer, em comparação com outras 20 pessoas sem câncer.
O exame conseguiu ainda distinguir a gravidade da doença. A diferença foi vista em 59 pacientes com câncer de próstata com graus de 5 a 9 na escala de Gleason. A graduação vai de 2 a 10 e mostra a agressividade da doença.
A primeira versão do teste foi mais precisa para detectar cânceres de média e alta gravidades do que tumores menos agressivos.
MENOS BIÓPSIAS
Especialistas veem os resultados iniciais do teste como promissores.
"Um teste como esse pode ser de grande utilidade clínica, porque o PSA alto nem sempre significa câncer, e muitos pacientes fazem biópsias desnecessárias", diz o urologista Anuar Ibrahim Mitre, do Hospital Sírio-Libanês.
Hoje, dependendo da dosagem do PSA e do exame de toque, além de fatores como história familiar, o paciente pode ser submetido a uma biópsia para saber se tem ou não câncer de próstata.
O procedimento pode causar sangramento e, mais raramente, infecções, além de angústia, afirma Mitre.
ALTO OU BAIXO RISCO
Como o novo teste determina a gravidade do câncer, ele também pode ser usado para saber se é necessário ou não fazer o tratamento, de acordo com Gustavo Guimarães, oncologista e diretor do núcleo de urologia do Hospital A.C. Camargo.
"O PSA não faz isso, e esse é o diferencial desse novo marcador", afirma Alexandre Crippa, uro-oncologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira.
Alguns tumores progridem lentamente, e o tratamento, que pode causar disfunção erétil e incontinência urinária, pode ser substituído por acompanhamento médico.
"Hoje, não conseguimos diferenciar os pacientes que vão ou não morrer de câncer. Por isso se busca algo que mostre se o câncer é de alto risco, para reduzir o número de tratamentos desnecessários", diz Guimarães.
O pesquisador Masood Kamali-Moghaddam, um dos autores do estudo, afirma que o teste precisa de melhorias. Os resultados iniciais devem ser sustentados por uma pesquisa maior, que já começou.
"Ainda pode levar alguns anos até que o exame seja usado de forma rotineira", afirmou à Folha.
ULTRASSOM 3D
Um novo método, que une ressonância magnética e ultrassom 3D, faz biópsias mais precisas e pode ajudar a distinguir a gravidade do câncer. A tecnologia foi desenvolvido pela Universidade da Califórnia e pode beneficiar quem já fez biópsia e continua com PSA alto e quem faz acompanhamento de tumor de baixo risco.
Para Guimarães, o teste, de alta tecnologia e, portanto, mais caro, pode ser usado de forma complementar ao PSA e indicado para os pacientes que têm resultados alterados.
Editoria de Arte/Folhapress

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Justiça suspende genéricos de Lexapro.

Fonte: folha.com (12/05/11)

A Justiça Federal em Brasília determinou a anulação do registro de dois medicamentos genéricos usados no tratamento de doenças psiquiátricas.
Trata-se de produtos que têm como princípio ativo o oxalato de escitalopram, usado no tratamento de depressão, ansiedade e TOC (transtorno obsessivo compulsivo). O nome comercial do primeiro registro do medicamento é Lexapro.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmou que vai recorrer da decisão. Caso o entendimento seja mantido pela Justiça, defensores dos genéricos temem que ela abra um precedente para outros tribunais anularem o registro de novos genéricos ou anularem alguns já existentes.
Na sua decisão, o juiz entendeu que os dois genéricos cujo registro ele mandou cancelar foram feitos com base em testes de segurança do laboratório dinamarquês Lundbeck, o primeiro a registrar o medicamento. Para o magistrado, esses testes, exigidos pela Anvisa, têm que ser mantidos em sigilo pela agência por dez anos, mesmo que a patente da droga já tenha expirado.
A Anvisa nega disponibilizar os testes de laboratórios para outras empresas.
Presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, Odnir Finotti classificou a decisão como "preocupante", porque pode afetar outros remédios. Ele afirmou também que os fabricantes de genéricos não utilizam os estudos feitos por outras empresas.
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domingo, 15 de maio de 2011

Liberado lote do 1º genérico nacional do remédio tenofovir, para Aids

Fonte: g1.com.br (12/05/11)
O primeiro lote do genérico do remédio tenofovir desenvolvido em território nacional foi liberado para distribuição nesta semana, de acordo com o fabricante, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde. O tenofovir é um dos principais medicamentos usados no coquetel de tratamento da Aids.
A expectativa dos fabricantes é produzir 80 milhões de unidades do tenofovir nos próximos três anos. A tecnologia de fabricação será transmitida ao parceiro governamental, que responderá diretamente ao Ministério da Saúde pelo abastecimento da droga.
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Remédios reduzem transmissão do HIV entre parceiros, diz estudo.

Fonte: g1.globo.com (12/05/11)

Um grande estudo clínico conduzido pelos Institutos de Saúde (NIH, na sigla em inglês), o principal órgão do governo norte-americano no setor, mostrou que o uso de remédios antirretrovirais por portadores de HIV, o vírus responsável pela Aids, reduziu o risco de contaminação dos parceiros não infectados.
O dado é válido para pessoas que receberam os medicamentos enquanto mantinham um sistema imunológico saudável.
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